Há histórias boas, há histórias más, há histórias de arrepiar… É claro que o passar do tempo ajuda a florear a memória e quem conta um conto acrescenta um ponto e se há coisa que uma mãe gosta sempre de contar (seja boa ou má a memória) é o seu trabalho de parto.
Até ser mãe pela primeira vez, sempre gostei de ouvir contar histórias e ficava sempre com aquela pulga de… elá… isto será como pintam?

Depois de ser mãe, comecei a dar um outro tipo de atenção a estas histórias e comecei a dar conta de um denominador comum nas piores histórias: a falta de preparação! Ora, não se chama TRABALHO de parto por coincidência. Mãe e filho têm de colaborar no trabalho mais delicado, sensível e abrupto das suas vidas.
E agora digam-me: qual é a probabilidade de um trabalho correr bem se a pessoa não estiver preparada para tal? O bebé vem pré-programado e mesmo assim nem sempre corre bem… e se a mãe não ajudar? E se a mãe achou que a preparação para o parto eram apenas umas aulinhas sem grande interesse? E se na altura em que o bebé precisa relaxar a mãe faz força e o comprime? E se quando o bebé precisa de sangue bem oxigenado a mãe está ocupada a gritar? E se quando o bebé precisa daquela ajuda extra a sair a mãe está a gastar a sua energia a agarrar-se (a algo: marquesa, mão do pai, etc…) com toda a força que tem em vez de a canalizar para os músculos pélvicos?
Só vos posso dizer o seguinte: Para a primeira preparei-me… sem grande preocupação e até com algum descuido (faltei algumas aulas para reuniões de trabalho, pensei que ia ter mais tempo para recuperar…). Para a segunda: 1 mês antes do recomendado já eu era a primeira da fila, na hora da aula!
E para quem acha que no segundo filho já sabemos ao que vamos, eu ainda nunca ouvi duas histórias de partos exactamente iguais. Vocês já?
Preparação NUNCA é demais!